Hoje, ao contemplarmos Maria, nossa mãe, eu vos convido a recordar duas coisas fundamentais: primeiro, voltar à ter confiança na sua intercessão; segundo, lembrar que Maria nos aponta sempre para Jesus.
1) Maria, a nossa intercessora
No Evangelho, vemos Maria atuando como intercessora: ela percebe uma necessidade e leva o problema ao Filho. Não é uma intrusão; é uma entrega confiante. É o mesmo que fez Ester na primeira leitura.
É por isso devemos cultivar, na nossa vida espiritual, uma sincera devoção mariana. Não devemos ter vergonha, nem receio, de levar a ela nossas angústias e nossos pedidos. Pedir por sua intercessão é reconhecer que na família dos filhos de Deus há quem ora por nós de modo materno.
Como anda a minha devoção mariana? Tenho rezado o terço? Aprendi a rezar o angelus? Recordo-me do carinho que a Virgem Maria tem por mim? Ah, quanto bem me fará hoje renovar os bons propósitos de amor à Nossa Senhora através de gestos concretos de piedade!
2) Maria, aquela que aponta Jesus
As palavras com as quais Maria se dirige aos serventes em Caná são como uma bússola: Maria aponta Jesus. O seu “fazei” é um convite maternal que nos convoca à obediência filial a Cristo.
Estar unido a Cristo significa, sobretudo, participar da sua vida na Eucaristia. No banquete de Caná há um sinal — o vinho — que aponta para um vinho melhor ainda: o do banquete do Reino, o da Páscoa consumada no sangue e na entrega de Cristo.
Se queremos ser verdadeiramente marianos, precisamos ser eucarísticos! Eis, então, um importante conselho: para estar unido a Maria, devemos permanecer unidos a Cristo; para ser devoto de Nossa Senhora, há que ser assíduo à Celebração Dominical da Eucaristia.
Conclusão: Não há nada destruído que Deus não possa reconstruir
A própria história da imagem de Nossa Senhora Aparecida nos ensina. A pequena imagem foi encontrada no rio Paraíba quebrada; anos depois foi danificada num atentado; e, enfim, novamente restaurada. Tudo isso é uma lição.
Eis o que o Senhor nos ensina com essa história: não há nada quebrado que Deus não possa reconstruir! E isso não é só sobre a imagem. É também sobre o matrimônio, os relacionamentos em família, as amizades, a vida de fé…
Neste dia em que celebramos a Padroeira do Brasil, rezemos pela nossa pátria! Que a Virgem Aparecida, Senhora do povo brasileiro, nos alcance do Senhor a graça de cumprir o propósito de nossa nação: ser terra da Santa Cruz, onde reine a paz e a justiça. Amém!
Maria, aparecida no Brasil, rogai por nós!