Pastor Bonus

24º Domingo do Tempo Comum

Somos acolhidos, neste domingo, pelo Pai Misericordioso, que tanto esperava este nosso encontro com Ele. De fato, na Eucaristia, uma das primeiras atitudes do sacerdote, e com ele os fiéis, é a de pedir perdão. Invocamos a misericórdia do Senhor e desde o início da celebração experimentamos a alegria de tornar à vida e de ser encontrado.

Há uma boa notícia e também um alerta que devem ecoar em nossos corações nesta celebração dominical:

1ª boa notícia: Deus não se cansa de me procurar!

Já vimos, muitas vezes nos noticiários, que logo depois de uma catástrofe se fazem as buscas para encontrar sobreviventes. Depois de um tempo as buscas são encerradas por conta da impossibilidade de encontrar alguém com vida.

Comparando essa situação com a realidade espiritual há uma semelhança e uma diferença: a semelhança é que Deus também nos busca, nos procura, faz de tudo para nos encontrar; a diferença é que Deus nunca desiste, Ele nunca se dá por vencido, Ele nunca nos vê como um caso perdido.

Quantos meios que Deus usa nessa nossa “operação de resgate”! Usa de pessoas, de acontecimentos, de pregações, de homilias, de enfermidades, de livramentos, de sinais, de encontros da Igreja, e de tantos outros meios para nos encontrar.

Assim como a mulher que busca a moeda, o pastor que busca a ovelha, o pai que espera o filho. A alegria de Deus é quando nós nos deixamos encontrar com Ele!

2ª Alerta: Deus não se cansa de nos perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir perdão!

Essa frase, repetida várias vezes pelo Papa Francisco, deve ser um alerta para que nós tenhamos cuidado para não nos cansar de voltar-se para Deus e de invocar a sua misericórdia. Por mais que sejamos um povo de cabeça dura, que sempre inventa “bezerros de ouro”, que se esquece de Deus e de seus mandamentos…

É por isso que São Paulo, na carta que ouvimos, ao nos exortar que Cristo veio para salvar os pecadores, diz uma frase que cabe muito bem na boca de cada cristão: “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!” (Tm 1, 15). 

O perigo fica maior quando se esquece dessa realidade: de que eu sou um pecador. Eis, irmãos, um bom termômetro para medir o nível do nosso farisaísmo: quanto mais longe for a nossa última confissão. Porque se eu não me confesso é porque me esqueci que preciso experimentar a alegria de voltar para a casa do Pai.  

Maria, mãe da misericórdia, rogai por nós!

(Pe. Anderson Santana Cunha)

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