Todas as vezes que ouvimos a Palavra de Deus, o Senhor mesmo fala conosco. E isso acontece de modo muito especial na Celebração da Santa Missa. Por isso disse São Paulo a Timóteo e também a nós: as Sagradas Escrituras “têm o poder de te comunicar a sabedoria que conduz à salvação”, e mais: ela nos corrige e nos educa. Se eu vou à Missa e saio com a impressão de que não ouvi o Senhor é porque certamente não prestei atenção à sua divina palavra.
O tema principal dos textos bíblicos que foram proclamados é a oração. Dois conselhos nos são oferecidos a respeito da nossa vida de comunhão com Deus: o primeiro é: é preciso rezar sempre; e o segundo é: não desanimar nunca!
1º conselho: Rezar sempre
Eu preciso achar tempo para rezar. O meu encontro diário com Deus não pode ser o tempo que sobra ou “se der tempo”. Ao iniciar o meu dia preciso saber em qual momento poderei dedicar alguns minutos que seja para encontrar-me com o Senhor, através da oração.
Os santos todos sempre dedicaram tempo à sua oração particular. A oração é a porta da santidade. O segredo para tomar boas decisões, dizia São João Paulo II, é rezar. O segredo para se manter em pé, para vencer as batalhas – como ouvimos na primeira leitura – é sempre estar unido a Deus. Se eu não rezar eu vou fracassar, seja na família, no trabalho, na educação dos filhos, no sacerdócio…
Uma boa pergunta para se fazer neste domingo: qual tempo eu tenho reservado para a oração?
2º conselho: Não desanimar
Vivemos num tempo em que as pessoas desistem muito rápido e fácil. Diante da primeira dificuldade desistem, porque não estão acostumadas ao sofrimento, que é próprio da perseverança. É preciso perseverança na oração, é preciso perseverar na fé católica – como disse S. Paulo ao jovem bispo Timóteo – , é preciso perseverar no meu serviço eclesial.
Uma bela frase de Santa Madre Paulina, escrita em seu testamento espiritual, ilumina este segundo conselho: “Nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários”. E aqui devemos recordar de uma graça que devemos pedir sempre ao Senhor: a graça da perseverança!
Por isso peçamos: Senhor, me ajude a não desanimar, a não desanimar da minha vida de oração, da minha família, dos meus filhos, do meu matrimônio, do meu sacerdócio, da minha missão, do meu trabalho pastoral. Dai-me a graça de ser fiel até o fim!
Maria, mestra de oração, rogai por nós!
(Pe. Anderson Santana Cunha)
