A Igreja ensina quatro verdades fundamentais sobre Nossa Senhora. Com estas verdades podemos dar uma boa resposta à pergunta que dá título a este artigo. É evidente que há várias outras verdades, mas essas são as essenciais. Conhecendo-as bem pode-se ter uma boa noção de quem é Maria de Nazaré.
Estas quatro verdades foram reveladas por Deus e para que não houvesse qualquer tipo de dúvida os papas proclamaram solenemente essas verdades. Essas definições chamamos de dogmas. Portanto é um engano pensar que um dogma seria uma criação da cabeça do papa, mas é a definição, clara e precisa, de uma verdade já contida na divina revelação, ou seja na Bíblia e na Tradição.
Ainda introduzindo este tema é necessário dizer que todos esses privilégios de Nossa Senhora, que citaremos, foram por ela recebidos tendo em vista os méritos de Cristo e por uma ação dele. Explico melhor: Nossa Senhora foi também salva por Jesus. Dito tudo isso, falemos então do dogmas marianos. Comecemos pelos dois mais antigos e, por fim, consideremos os dois que foram proclamados mais recentemente.
Ela é a mãe de Deus. Essa primeira verdade sobre Maria, o dogma da maternidade divina, parte de uma lógica muito simples: se Jesus é Deus, Maria é Mãe de Deus. Esse dogma foi proclamado pela Igreja justamente quando crescia a heresia que afirmava que Jesus não era Deus. É evidente que Maria não é Mãe da Segunda Pessoa da Trindade, do Verbo gerado pelo Pai antes de tudo. Mas deu à luz à Jesus, que é Deus!
Ela é Virgem. Nosso Senhor foi concebido por ação Espírito Santo, ou seja, sem ato conjugal. Portanto Maria foi virgem antes, durante e depois do parto. A virgindade perpétua de Maria é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento, além de ser um claro sinal da origem divina (e portanto extraordinária) de Jesus. Assim como a luz atravessa o vidro sem quebrá-lo, disse um padre da Igreja, não seria estranho que Cristo nascesse assim, sem romper a virgindade de sua mãe.
Ela foi concebida sem pecado. Esta terceira verdade é festejada no dia 8 de dezembro: a festa da Imaculada Conceição. Maria foi preservada do pecado original e durante toda a sua vida nunca pecou. Ela foi preservada, já no seio de sua mãe, em previsão da salvação operada por seu Filho. Em respeito à Jesus, disse S. Agostinho, nem se deve falar de pecado em Nossa Senhora. Como também ensinavam os teólogos medievais: era conveniente, Deus podia e portanto fez!
Por fim, a Virgem Maria foi Assunta aos céus. O corpo de Maria não se encontra aqui na terra, ele está ressuscitado! Portanto só existem dois corpos humanos no glória eterna: o de Nosso Senhor e de sua mãe. Essa foi a última verdade sobre Nossa Senhora solenemente proclamada pela Igreja, mais precisamente pelo Papa Pio XII, em 1950.
Dentro dessas quatro verdades fundamentais poderíamos falar de tantas outras e acrescentar outras tantas considerações. Mas com essas quatro verdades, dignas de nossa fé, já se pode conhecer melhor que é essa mulher: ela é a Mãe de Deus, concebida sem pecado e sempre virgem, que no final de seus dias foi gloriosamente elevada aos céus! Concluindo, vale repetir o que dizia S. Bernardo: “Sobre Maria, nunca se diz o bastante”.